Miniconto
O guatemalteco Augusto Monterroso é apontado como autor do mais famoso miniconto, escrito com apenas trinta e sete letras:
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- Quando acordou o dinossauro ainda estava lá.
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- Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.
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Uma das definições de microconto estabelece o limite de 150 caracteres (contando letras, espaços e pontuação) para permitir seu envio através de mensagens SMS (torpedos) pelo celular, evidenciando uma das características do microtexto, que é sua ligação com as novas tecnologias de informação e comunicação.
No Brasil, o livro Ah,é? 1994, de Dalton Trevisan, é considerado o ponto de partida do miniconto no seu formato contemporâneo. Também se destaca João Gilberto Noll que apresenta obras voltadas para o tema.
Características do miniconto
- Concisão
- Narratividade (muitos dos ditos minicontos são, na verdade, tiradas líricas)
- Totalidade (um miniconto não é uma story line)
- Subtexto
- Ausência de descrição
- Retrato de "pedaços da vida"
Veja também
fonte: Wikipédia
Outras definições:
O que são microcontos?
Independentemente do número de caracteres e de suas possíveis nomenclaturas, os microcontos são narrativas muito curtas em que a síntese acaba sendo a grande ferramenta de escrita.
Características de um Microconto:
Os microcontos vêm ao encontro das ideias de Calvino. Para ele, a rapidez permite poupar o leitor de determinados detalhes em favor do ritmo da narrativa. É o nó de uma rede de correlações invisíveis no texto e a ferramenta essencial para a continuidade da narrativa, permitindo que o leitor transite com maior naturalidade entre as ideias contidas na história.
Além da rapidez, percebe-se que os microcontos se constroem também a partir de outras características. A concisão é, desse modo, uma das principais. Um texto conciso não quer dizer necessariamente um texto breve. A concisão está no ato de escolher as palavras certas para contar aquilo que se quer, assim como valorizar os sinais gráficos e de pontuação e os silêncios presentes nos textos. Carlos Drummond de Andrade já dizia que “escrever é cortar palavras”, Hemingway sugeriu: “Corte todo o resto e fique com o essencial”. Winston Churchill deu certa vez um sábio conselho: “Das palavras, as mais simples. Das simples, a menor”. Escrever de modo conciso é um trabalho árduo e que exige técnica e tempo. Exemplo disso é a célebre carta de Pascal, em que termina dizendo: “Fiz esta carta mais longa porque não tive tempo de fazê-la curta”.
Outra característica em que se apoiam é a narratividade. Se não há uma história clara atrás daquelas palavras, não há um microconto. Isso é o que os diferencia de um haicai, de um poema-pílula ou de um aforismo. Enquanto esses se preocupam mais em descrever uma cena, trabalhar a palavra de forma lírica ou propagar uma ideia, os microcontos têm de contar uma história. Mais que narrar uma trama completa (com começo, meio e fim) as palavras de um microconto devem sugerir. O que está escrito representa apenas 10% da narrativa, o resto deve se formar na imaginação do leitor, permitindo assim novas e múltiplas interpretações.
fonte: http://www.cartacapital.com.br/tecnologia/microcontos-na-era-do-twitter/